quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Pra que complicar??

Quem não se lembra do Rá-tim-bum, famigerado programa infantil que fez sucesso nos anos 90 e a cabeça, no bom sentido, de muitas crianças, inclusive a minha, com quadros diversificados, entre os quais, as lições do professor Tibúrcio, representado por nosso querido CQCista Marcelo Tas.

O que mais me impressionava era a abertura, com aquela máquina maravilhosa, cheia de rodeios para apagar uma vela de aniversário.

Pois bem, descobri nas aulas da disciplina do Cardoso, Seminário Pedagógico em Educação Física, entre outras tantas descobertas, que engenhocas como a da abertura do programa infantil tem nome: são as Máquinas Rube Goldberg.

Descobrir o nome da máquina não foi o que de melhor foi transmitido pelo texto “Quanto mais simples melhor”, escrito pelo psicólogo americano Wray Herbert e publicado na revista Mente e Cérebro.

Nele o pesquisador, por meio de várias pesquisas realizadas por tantos outros pesquisadores testam que as pessoas tendem a tornar tarefas simples, mais complicadas do que o necessário e, ao contrário, podem depreciar tarefas que necessitam maior concentração negligenciando o resultado.

A conclusão de Herbert:
O cérebro emprega todos os tipos de truques e atalhos para
que o indivíduo atravesse o dia com o mínimo de esforço físico e mental, mas é
bom prestar atenção nesses julgamentos automáticos. Se não forem verificados, a
tendência de confundir pensamentos e ações pode levar a opções duvidosas, que
parecem ser mais fáceis e desejáveis do que de fato são, ou pode afastar de
escolhas saudáveis e da exploração criativa.
O truque do Rá-tim-bum era promover o lúdico, a criatividade e a imaginação, presente não só na abertura, mas em todo o programa. Para matar a saudade, cá está a abertura. “Senta que lá vem a história!”



Confira o texto de Wray Herbert aqui.

domingo, 23 de agosto de 2009

Criar tirinhas!!!

Olha aí, mais uma da internet (pelo menos para mim, foi novidade!).

Criar tirinhas!! Para quem não desenha lá essas coisas, um site chamado Stripgenerator dá uma mãozinha.

Até criei uma!!






sábado, 25 de abril de 2009

Artigo no Observatório

Imagem by Paul Zahl - National Geographic

Este ano tem sido bacana. Pra confirmar, publiquei meu primeiro artigo no Observatório da Imprensa. Vou poupá-los dos adjetivos que o site de Alberto Dines merece. Vale a pena observar!


"MADRASTA" ELETRÔNICA"

As crianças (ainda) gostam de ver TV

Lyana de Miranda

Na última semana, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), órgão que regula e supervisiona os meios de comunicação em Portugal, divulgou um estudo no qual alerta para a lacuna existente nas grades de programação em relação aos programas infantis. Segundo o levantamento, realizado pelo Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho, o vazio não é privilégio apenas dos canais privados (SIC e TVI), pautados em uma lógica do mercado que estabeleceu o consumo como norteador, além de provedor das produções televisivas. O buraco está, sobretudo, nas TVs públicas (RTP1 e RTP2).

As emissoras comerciais em Portugal não são obrigadas a seguir o atual contrato de concessão de serviço público que impõe, aos canais públicos de televisão daquele país, a produção e a transmissão de programas educativos e de entretenimento destinados às crianças e adolescentes, contribuindo para a formação de tal público. Se nossos patrícios, mesmo com a implantação da ERC, vivem essa condição, o que podemos dizer de nós, que não possuímos um órgão regulador autônomo para os meios de comunicação?

O que temos para ver?

A programação televisiva voltada para o público infantil no Brasil, assim como ocorre em Portugal, também não vive um grande momento. Com o declínio do "ciclo das louras" e dos programas de auditório, restou às crianças a opção de assistir a desenhos animados.

Para ler o artigo completo, clique aqui!

Eu voltei...

Às vezes, a vontade de escrever é tanta, que quase se torna intolerável. Daí surgem novos acontecimentos, dignos de indignação (que não são poucos) e a vontade se renova, mas, no meu caso, não tem se concretizado. Por falta de tempo, dispersão do foco, e, sobretudo, preguiça...

Tomei uma atitude e resolvi pegar firme no blog. Afinal, é nesse espaço (supostamente) democrático, que as ideias podem seguir um viés autentico, livre e coerente com a verdade de quem escreve. De diário eletrônico, o blog tornou-se ambiente de manifestações culturais, artísticas e, por que não, filosóficas.

Usando o blog “Jornalismo nem Sempre Solidário” como ferramenta para me disciplinar e engrossando o coro dos reclamões, de volta.



Imagem by Rico

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

sábado, 16 de agosto de 2008

Em defesa do que mesmo?

Essa semana recebi um Manifesto à Nação Em Defesa do Jornalismo, da Sociedade e da Democracia no Brasil, entregue pela FENAJ e pelo Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, no centro de Floripa. Claro que, não só por ser estudante de jornalismo, mas pelo tema ser a pauta da vez, estou por dentro dessa “discussão”.

Vamos aos fatos. As faculdades estão indóceis, enchendo a minha caixa de entrada com manifestos e chamados de luta para que essa “exigência da formação superior que é uma conquista histórica dos jornalistas e da sociedade” não seja perdida. Esse trecho retirado do Manifesto à Nação fala em conquista. Mas que conquista?

A exigência do diploma para exercer o jornalismo foi criada pelo Decreto-Lei 972/69, durante a ditadura militar e pelos militares, época em que as únicas conquistas eram Copas do Mundo e concessões para TV. Até então, não existia a obrigatoriedade de cursar faculdade de jornalismo para ser registrado na profissão. O que não significa dizer que o jornalismo brasileiro era feito de forma tendenciosa. Pelo contrário. Creio que a necessidade do diploma não assegura a integridade e a ética do jornalista.

E vamos a outro aspecto: o das faculdades particulares. Ora, se a obrigatoriedade de diploma para exercer a profissão cair, o que serão dos, aproximadamente, 500 cursos espalhados pelo país?

Mais um fato: muitos repórteres não possuem o diploma e estão por toda parte, em todos os canais, apresentando matérias e fazendo reportagens. Tenho vários colegas para usar como exemplo, profissionais atuantes cursando a terceira ou sétima fase do curso de jornalismo. São os profissionais que possuem o chamado registro precário (que pode ser solicitado na Delegacia Regional do Trabalho). Não sei se isso os qualifica ou desqualifica. Também não tenho conhecimento se esses profissionais ganham mais ou menos que o super piso salarial que, em Santa Catarina, é de R$ 1.123,07. Mas esse seria um bom tema para debate.

Tuffani no blog Laudas Críticas exemplificou bem com um trecho do livro A Deontologia das Mídias, de Claude-Jean Bertrand: “A excepcionalidade de que goza o jornalismo, dentre as instituições democráticas, consiste em que seu poder não repousa num contrato social, numa delegação do povo por eleição ou por nomeação com diploma ou por voto de uma lei impondo normas. Para manter seu prestígio, e sua independência, a mídia precisa compenetrar-se de sua responsabilidade primordial: servir bem à população.”

E será que a mídia brasileira tem essa preocupação?


Charge retirada de

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Coisas da Vida?!

Brasília, quinta-feira, meio-dia. O trânsito caótico nessa cidade que possui uma frota de um milhão de veículos não é novidade e já não sensibiliza ninguém. Então, o que poderia mexer e dar mais humanidade à paisagem metalizada refletida nos pára-brisas? Um acidente? Certamente não.

Nesse mesmo dia um jovem é atropelado quando ia de bicicleta da Asa Sul ao Cruzeiro. Aos 22 anos, nunca tinha passado por tão desagradável experiência, mas não pôde fugir. Foi pego em cheio por um carro que não deu preferência ao veículo menor, sem colocar em prática as leis de trânsito, mas sim a lei do mais forte, nesse caso o carro sobre a bicicleta.

Caído e atordoado com a queda e por ter batido a cabeça, a única atenção que o jovem recebeu da senhora de mais ou menos 60 anos, autora do feito, foi a “mui atenciosa” pergunta: “tudo bem?”. Desnorteado e sem ter certeza da resposta, o jovem consentiu com a dolorida cabeça que sim.

E com o sentimento de missão cumprida e a consciência leve como um pudim de claras, a prodigiosa senhora entrou em seu carro e foi embora. Mas, quem chamou o SAMU? Quem anotou a placa do carro ou, pelo menos, quem ajudou o jovem a se levantar? Respondo. Ninguém.

E assim é o dia-a-dia de Brasília onde o bem estar, a integridade, a VIDA do próximo vale pouco, ou quase nada. E a pergunta que não quer calar é: quantos Pedro Davison mais terão que ser vítima para que as pessoas se sensibilizem? Uma pergunta sem resposta para uma questão sem solução.

E lá foi a senhora, dormir o sono dos justos, sem culpa, afinal, culpado foi o jovem rapaz por utilizar um meio de transporte não poluente, por não ter desmaiado ou se esvaído em sangue a ponto de chamar a atenção dos que passavam e, principalmente, por estar no lugar errado na hora errada. Coisas da vida. Será?!

O acidentado foi meu irmão, mas ele passa bem. Não posso dizer o mesmo da bicicleta...